Blog do Cscs Regional Poços de Caldas
Proposta
aprovada pelo Congresso foi publicada nesta quinta sem trecho com mecanismos
para socorrer estados em situação mais grave, como RJ, MG e RS.
O governo publicou
nesta quinta-feira (29), no "Diário Oficial da União", a sanção e os
vetos na lei da renegociação das dívidas dos estados. Na justificativa aos
vetos, o presidente Michel Temer, explicou que, na forma aprovada pelo
Congresso, a sanção integral ao projeto traria "elevado risco fiscal para
a União".
Nesta quarta, quando foi anunciada a sanção da lei, o
Palácio do Planalto já havia informado que houve um veto parcial, retirando do
texto trecho que trata do Regime de Recuperação Fiscal, mecanismo criado para
socorrer estados em situação financeira mais grave, como Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Rio Grande do Sul.
O Regime de Recuperação Fiscal foi incluído no projeto da
renegociação durante a tramitação no Senado. O texto prevê que a adesão ao
regime é opcional e, os estados que aderirem, terão que desenvolver um plano
para reequilibrar as suas contas.
Segundo a justificativa do veto publicada no "Diário
Oficial", diante da retirada de relevantes dispositivos na versão aprovada
pelo Congresso Nacional, "houve um completo desvirtuamento do Regime, não
sendo possível mais assegurar que sua finalidade maior, a retomada do
equilíbrio fiscal pelos estados, seja assegurada”.
"Não apenas a finalidade precípua do Regime foi
alterada; em verdade, os dispositivos remanescentes trazem elevado risco fiscal
para União", acrescenta a justificativa de Temer.
O plano de recuperação fiscal, diz o veto, visava a
socorrer estados "nos quais a crise observada adquiriu caráter
sistêmico" e trazia medidas que assegurariam o equilíbrio fiscal ao
término do regime. Entre as contrapartidas, estavam a aprovação de leis pelos
estados para adiar reajustes de servidores, reduzir incentivos tributários e
aumentar contribuição previdenciária de servidores.
Na publicação da lei, o governo manteve o restante do texto aprovado no
Congresso, como o trecho que amplia em 20 anos o prazo para o pagamento da
dívida que dos estados com a União.
Nova proposta
Com o veto parcial ao texto, o governo estuda agora
apresentar outra proposta para incluir novamente as contrapartidas para a
adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Outra solução cogitada é editar um
decreto presidencial para que o próprio Executivo defina medidas de contenção
de gastos.
Essa solução poderia atender ao presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), que discorda da presença explícita das contrapartidas no
texto. Para ele, determinar as exigências no projeto de lei seria transformar a
Câmara em “uma grande assembleia legislativa”.
Por G1
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/temer-alega-elevado-risco-fiscal-ao-justificar-vetos-a-renegociacao-de-dividas.ghtml
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