07/12 - Dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais apontam um crescimento de 13,4% nos crimes violentos no estado. De janeiro a outubro, já foram registradas 119.125 ocorrências contra 104.974 do ano passado inteiro. Entre as maiores do Sul de Minas, Alfenas (MG) é a cidade que mais registrou crimes violentos em 2015 e também em 2016: 579 e 686 respectivamente.
Um dos casos de suspeita de crime que está sendo investigado em Alfenas é o desaparecimento do maratonista João Vicente dos Santos, que desapareceu em outubro. O caso completou um mês em 26 de novembro, sem solução. Depois de tanto tempo sem pistas ou notícias sobre o paradeiro do atleta, o delegado do caso resolveu mudar a linha de investigação e agora o inquérito é tratado como homicídio ou latrocínio. Os detalhes ainda são mantidos em sigilo. A única pista foi o carro da vítima, que foi encontrado incendiado no distrito industrial da cidade.
Outro caso de repercussão em Alfenas foi a morte da adolescente Giovanna da Costa de Cillo, de 14 anos, em fevereiro. O corpo dela foi encontrado na zona rural. Em abril, a polícia concluiu que a jovem foi morta pelo namorado. Segundo a polícia, o casal teve relação sexual sob efeito de drogas e, depois de uma discussão, Giovanna foi esganada até a morte.
Depois de Alfenas, a cidade que mais registrou crimes violentos neste ano até o momento é Passos (MG), 454 casos. No ano passado, foram 442. Em Pouso Alegre (MG) foram 408 casos neste ano contra 395 em 2015.
Poços de Caldas registrou 250 crimes violentos até o momento, contra 249 do ano passado. Varginha (MG) registrou 167 casos até outubro, contra 226 de todo o ano passado.
Violência em cidades pequenas
O que mais preocupa as autoridades é o avanço da violência em cidades menores, com até 25 mil habitantes. Em Ilicínea, no fim de novembro, uma adolescente de 16 anos morreu baleada na cabeça durante uma tentativa de assalto ao supermercado do pai dela. A jovem tinha o sonho de ser médica. (Assista no vídeo ao lado, análise do sociólogo Zionel Santana sobre o avanço da violência nas pequenas cidades)
Em Cristais (MG), Priscila Alves Girardeli, tinha 34 anos. Ela foi assassinada em setembro de 2015 junto com o marido Adilson Moreira Neves, de 36 anos. Os dois foram baleados e ainda tiveram os corpos queimados no sítio em que moravam, na zona rural. Na época, a suspeita era de latrocínio, roubo seguido de morte, mas a família nunca acreditou. Só aogra, mais de um ano depois, a polícia prendeu três suspeitos do crime.
Foto: Reprodução EPTV
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