O comando do 24º BPM da Polícia Militar de Varginha (MG) negou haver qualquer excesso por parte dos policiais que fizeram a segurança entre Boa Esporte e Guarani pela final da Série C do Campeonato Brasileiro.
O comando da Polícia Militar de Varginha (MG) negou nesta segunda-feira (7) que tenha havido qualquer excesso por parte dos policiais que fizeram a segurança do jogo de sábado (5) entre Boa Esporte e Guarani pela final da Série C do Campeonato Brasileiro. A PM usou gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar torcedores da equipe de Campinas (SP), que se envolveram em um tumulto após o jogo no Estádio Municipal Dilzon Melo, o Melão. A diretoria do Guarani publicou uma nota oficial no site do time acusando a polícia de excesso contra os torcedores.
De acordo com os boletins de ocorrências registrados pela PM no dia, parte da torcida do Bugre, apelido do Guarani, iniciou brigas e depredações no Melão ao final da partida, o que exigiu uma intervenção policial. A confusão ainda continuou fora do estádio, onde um torcedor bugrino, que estava em um bar nas imediações, foi esfaqueado.
No entanto, em contato com a EPTV Campinas, o presidente do Guarani, Horley Alberto Cavalcanti Senna, disse que não vê o time como responsável pelos danos causados ao estádio. Para ele, houve uma atitude "absolutamente intempestiva da polícia, inicialmente," e que "a resposta da torcida do Guarani foi péssima, mas uma reação".
Senna afirmou que vai mandar um ofício para a Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais e para a CBF dizendo que toda a ação da Polícia Militar provocou a reação dos torcedores do Guarani. Horley Senna ainda declarou que "houve truculência, despreparo" e que "os policiais atiraram balas de borracha a esmo".
'Torcida do Guarani buscou confronto', diz PM
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o comandante do 24º Batalhão da Polícia Militar de Varginha, o tenente coronel Hudson Abreu Pinto afirmou que todas as medidas tomadas durante a partida tinham o objetivo de garantir a segurança no local.
"A torcida do Guarani, desde o momento que chegou aqui, foi necessário efetuar prisões, apreensões de drogas. A torcida do Guarani chegou em Varginha, no estádio, já com rixas entre eles, dentro da própria torcida. A gente destaca que não é a torcida do Guarani de uma forma geral, principalmente as torcidas organizadas", disse o comandante. "A torcida do Guarani buscou confronto com a torcida do Boa o tempo todo, ela tentou provocar invasão de estádio, do campo. A Polícia Militar se preocupou em garantir que o campo não fosse invadido e nem que uma torcida tivesse contato com a outra, que o resultado podia ter sido bem pior."
A PM informou que três torcedores do Guarani foram presos por tráfico de drogas antes do jogo, na BR-491, em Varginha, quando ainda estavam em um dos ônibus de transporte da torcida. Pelo menos três tabletes de maconha, 14 pinos de cocaína e duas pedras de haxixe foram apreendidas. Parte da droga estava na cueca de um dos detidos.
Uma torcedora do Guarani também foi detida por desacato antes do jogo. Imagens mostram o momento em que a mulher, que se apresentou como advogada, questiona quem é o comandante da tropa e reclama de alguma ação tomada por policiais. Ela ainda aponta o dedo para um dos militares que, neste momento, a empurra com o braço, dando voz de prisão na sequência.
“Não é um excesso, a gente frisa, ali é uma técnica de contenção. Mesmo porque, pelo que a gente percebe no vídeo, há sim uma forma em que ela pega no policial. É uma técnica de contenção do cidadão que se encontra exaltado dentro de um processo de verbalização", observou o comandante sobre a prisão.
“A Polícia Militar é preparada, ela é treinada, não foi o primeiro evento dessa natureza que a Polícia Militar realiza aqui em Varginha, não será o último. E na verdade, aquele resultado, nós não tivemos [só] médico que foi agredido com pedrada, policiais também foram feridos naquele evento. Porque foi um comportamento altamente agressivo de uma torcida", declarou o tenente coronel, fazendo referência à nota oficial do Guarani, que informou que um médico e um repórter do clube ficaram feridos.
Fonte: G1
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