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O governador Fernando Pimentel convocou os secretários da área prisional, segurança e o comando da Polícia Militar para uma reunião nesta sexta-feira (6), com o objetivo de discutir a condição dos presídios em Minas. O encontro vem após a ocorrência de massacres em presídios do Amazonas e de Roraima, que deixaram dezenas de mortos.
"Não há nenhum indicativo de problema no nosso conjunto penitenciário, mas não custa prevenir porque há uma situação muito tensa hoje em outros pontos do país. A nossa preocupação é que isso não se alastre e não contamine também o clima dos presídios em Minas Gerais", disse o governador em entrevista à rádio Itatiaia.
Segundo Pimentel, o governo tem que se antecipar para que não aconteça nada parecido com o que houve no Norte do país. "Vamos fazer a avaliação e tudo o que foi necessário para preservar o clima de tranquilidade que, graças a Deus, nós temos, nós vamos fazer".
Ainda segundo o governador, não haverá suspensão de visitas. "Nada disso. Vamos simplesmente tomar o cuidado necessário. Aumentar o sistema de vigilância, mas nada abale a tranquilidade que hoje já existe nos nossos presídios. São medidas preventivas para não haver risco de contaminação. Acredito que não vai haver, mas vamos prevenir", afirmou.
Situação de presos provisórios é desafio
Para Pimentel, destinar mais dinheiro ao sistema prisional ajudaria a desafogar, mas não resolveria a questão dos presos provisórios. Ele citou o Supremo Tribunal Federal (STF) ao falar sobre a estimativa de que praticamente metade dos detentos de presídios brasileiros são provisórios, ou seja, ainda não foram submetidos a audiência para saber se devem ou não continuar presos.
"Às vezes, o preso provisório fica até um ano. Isso não é culpa do Estado, não é culpa da própria polícia, é uma questão que tem que ser resolvida no judiciário. Estou alertando para isso porque uma análise de uma tragédia horrorosa que aconteceu no Amazonas e agora em Roraima levam a suposições que não resolvem o problema. Nosso problema não é fazer mais vaga, lógico que isso ajuda, mas o nosso problema é esvaziar as vagas que hoje existem. Tem muita gente que está presa que já poderia estar solta".
FONTE:http://www.otempo.com.br/
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