terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Material escolar sobe quase 6 vezes mais do que a inflação Reajuste de até 36% em um ano foi provocado por aumento de ICMS e alta do valor do papel

material escolar
Negociação. Mabele Gontijo (dir) disse que a solução é pesquisar muito e barganhar com os lojistas para aliviar um pouco o bolso

Com a chegada do ano novo, volta também a corrida pelo melhor preço em materiais escolares. Neste ano, porém, pais e alunos da capital mineira vão encontrar, nas papelarias, produtos que encareceram até seis vezes mais que a inflação do ano passado. De acordo com pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro, entre os dias 2 e 7 de janeiro, um caderno com espiral e capa flexível (96 folhas) está custando, em média, R$ 5,81. No mesmo período do ano passado, o preço era R$ 4,27 – uma alta de 36,07%, frente à previsão de 6,3% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2016.


Outros tipos de caderno também puxaram a alta nos materiais escolares. Em seguida, aparecem os pacotes de papel A4, com inflação de 27,12% (100 folhas) e de 20% (500 folhas). De acordo com o vice-presidente de regiões comerciais e shoppings centers da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marco Antônio Gaspar, os culpados pela alta foram o aumento do ICMS e a alta internacional no preço do papel.



“O papel teve o seu valor aumentado, em dólar, em quase 30%, e, como somos produtores de papel, esse aumento demorou para chegar ao mercado interno”, diz Gaspar, também proprietário da papelaria Brasilusa. “Em 1º de janeiro de 2016, tivemos o aumento do ICMS para todos os materiais escolares em Minas Gerais. O produto que mais sofreu foi o caderno. Nós pagávamos 8% do preço de custo, e começamos a pagar 20%”.



Para o coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, isso não justifica um aumento tão acima da inflação. “Podemos ter alguma variação de preço no mercado interno, mas o dólar caiu”, diz, apontando o aumento por oportunidade como uma das possíveis causas. “Esse é o Natal das lojas de material escolar, porque os pais precisam do material para iniciar ano letivo”.



Variação. Quando o assunto é a diferença de preço nas lojas de Belo Horizonte, há produtos, como a cola branca, que chegam a variar 610%. A fita crepe vem em seguida, com 535%.



Para a concurseira Mabele Gontijo, 39, a solução é a pesquisa e a barganha. “Com negociação, eu consegui mais barato que no ano passado”, conta ela, que foi comprar livros para a filha e acabou levando cadernos por cerca de R$ 1 mais baratos. “Conheço um lugar mais barato, e, como negociei, o vendedor cobriu esses preços para mim”, conta.


ORIENTAÇÃO

Pais precisam buscar melhor valor

Enquanto os preços de materiais escolares continuam subindo, pais têm se virado para conseguir preços melhores. O coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, orienta que os consumidores pesquisem preço e negociem. “No ano passado nós orientávamos a ir a duas, três papelarias buscando o menor preço. Neste ano, tem que ir a quatro, cinco, até conseguir encaixar no orçamento”, avalia. “O consumidor também tem que exercer a negociação, tanto no valor final como nos prazos. Quem não tiver condição de pagar tudo de uma vez pode negociar as condições de pagamento”, afirma Feliciano.


Segundo o comerciante Marco Antônio Gaspar, o consumidor já está adotando esses hábitos. “O que percebemos é que o consumidor está mais negociador”, diz ele, acrescentando que a legalização do desconto para quem paga em dinheiro também ajudou.



A belo-horizontina Mabele Gontijo, 39, por exemplo, foi uma das premiadas com o esforço. “Usei todos os artifícios e meios que eu tinha para conseguir o melhor preço. E, de todos os nove anos que minha filha está na escola, esse foi o mais barato de todos”, avalia ela, que baixou a lista de livros escolares de R$ 1.360, em 2016, para R$ 800, neste ano. “Até o ano passado eu nunca tinha comprado um livro usado, por exemplo”, explica a concurseira.

Inflação. Passagens aéreas e frutas também estão com preços acima da inflação do ano. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), a variação foi de 9,25% de 2016 para 2017.
Fonte:http://www.otempo.com.br/
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