VITÓRIA - Desde a noite desta sexta-feira, 3, familiares e amigos de policiais militares estão realizando manifestações em ao menos 30 cidades do Espírito Santo, impedindo a saída das viaturas para as ruas e afetando a segurança desses municípios. A Secretaria de Segurança disse que, até a noite deste sábado, 4, o ato não afetou de forma significativa a rotina das cidades, mas que está em diálogo com os integrantes do protesto para avaliar as reivindicações.
O protesto começou pelas cidades de Serra e Cachoeira de Itapemirim e se espalhou para municípios de todas as regiões do Estado. O governo acredita que, diante da impossibilidade de os policiais realizarem greve, eles tenham convocado os familiares para pedir por melhorias salariais.
Cerca de cem mulheres estavam, durante a tarde, em frente ao 10.° Batalhão da Polícia Militar em Guarapari, no Espírito Santo, protestando por melhorias salariais e melhores condições de trabalho da PM no Estado capixaba. Uma kombi usada para locomoção dos militares teve os quatro pneus esvaziados.
Na capital, até o Quartel do Comando-geral teve a sua entrada bloqueada por familiares dos policiais. Duas reuniões ocorreram e um novo encontro foi marcado para a próxima segunda-feira, 6. A administração estadual sustenta ter não condições de reajustar os salários, mas acenou com reforços, por exemplo, na assistência de saúde aos servidores.
O protesto afeta a segurança principalmente da Grande Vitória, que, com cinco municípios, concentra 60% da população do Estado. No norte, noroeste e no sul capixaba, batalhões e companhias independentes também estão com as suas saídas bloqueadas.
O secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, negou que tenha havido aumento de homicídios e a ocorrência de arrastões nas cidades sem policiamento. Garcia disse que foi criada uma comissão para estudar as reivindicações dos familiares dos militares.
"Estamos tentando reverter a falta de policiamento nas ruas. Em alguns municípios da região metropolitana conseguimos colocar policiais a pé e de bicicleta para trabalharem. Esperamos resolver com diálogo toda essa situação o mais rápido possível", afirmou o secretário.
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Fonte:http://brasil.estadao.com.br/
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